Comparação entre Três Procedimentos de Ensino de Recontar Histórias e Responder Perguntas
DOI:
https://doi.org/10.18761/PACa6sd4lPalavras-chave:
transtorno do espectro autista, responder perguntas, recontar históricasResumo
Recontar histórias lidas previamente (um tipo de intraverbal) representa demanda acadêmica comum no contexto escolar regular e familiar. Esse repertório pode ser desafiador para crianças com transtorno do espectro autista (TEA), que apresentam dificuldade na aquisição de intraverbais e de interação com seus pares. O objetivo foi comparar a eficiência de três procedimentos (encadeamento para frente - FCP; encadeamento de trás para frente - BCP; esvanecimento de roteiro - SFP) no estabelecimento de intraverbais na forma de recontar histórias curtas em criança com TEA de 6 anos. Cada história compreendeu quatro partes com cena e frase (SFP com frases apenas). No ensino com FCP, cada parte podia ser recontada de forma independente desde o princípio e, quando necessário, correções eram aplicadas. No caso de BCP, as três primeiras partes eram apresentadas para a criança e, a última parte, podia ser recontada sem pista. Com o tempo, pistas da terceira, segunda e primeira parte (nessa ordem) eram também removidas. No caso de SFP, a criança deveria ler cada frase da história e, com o tempo, as palavras eram gradativamente omitidas. Todos os procedimentos foram eficazes, mas o FCP foi mais eficiente, pois 14 sessões de treino foram suficientes para o estabelecimento do recontar a história sem erros. No entanto, foram necessárias 16 e 19 sessões nos casos de BCP e SFP, respectivamente. Foi discutida influência de história anterior com o FCP, ao qual a criança era exposta antes da pesquisa em ambiente clínico e domiciliar de intervenção. Paralelamente, o ensino de responder perguntas sobre as histórias foi realizado com manipulação de um diferente tipo de pista para cada caso (tato; ecoico; tato e ecoico combinados). Todas as pistas foram eficazes e eficientes em medida semelhante.