O uso de métodos de pesquisa participativos e não experimentais na análise do comportamento
DOI:
https://doi.org/10.18761/PAC.2018.n2.09Palavras-chave:
comportamento humano, comportamento social, comportamento cultural, metodologia de pesquisa, pesquisa participativa, saúde mental, análise funcional, estruturas sociaisResumo
O presente artigo busca ampliar a gama de métodos de pesquisa em análise do comportamento para lidar com situações em que métodos experimentais de amostra reduzida ou de sujeito único não são possíveis ou não são apropriados. Tais situações são comuns para a maioria das pesquisas com seres humanos, em especial quando lidamos com comportamentos sob a rubrica de social, cultural ou verbal. Após apresentar os argumentos que sustentam tal posição, o artigo explicita três métodos para descrever a cotidiana estruturação complexa de relações funcionais. O mais importante desses métodos adapta abordagens engajadas e participativas de outras ciências sociais, mas coloca o foco em encontrar relações funcionais entre comportamentos e seus produtos complexos em vez de apenas rotular as relações sociais funcionais ocultas como “estruturas” sociais estáticas. Foram dados exemplos desses três métodos a partir de pesquisas sobre análises funcionais de comportamentos em saúde mental.