É possível ser um psiquiatra behaviorista radical? Primeiras reflexões
DOI:
https://doi.org/10.18761/perspectivas.v1i1.25Resumo
O presente artigo apresenta alguns esforços reflexivos incipientes acerca da viabilidade teórico-filosófica de um diálogo entre behaviorismo radical/análise do comportamento e psiquiatria, enquanto especialidade médica preocupada com os problemas “mentais e do comportamento”. Tal aproximação, apesar de incipiente, parece promissora e vem se mostrando muito produtiva na prática daqueles que lidam com problemas do comportamento. Baseando a reflexão predominantemente na psiquiatria biológica e num de seus principais pilares, as neurociências, defende-se que o behaviorismo radical poderia ajudar a dar rumo para estas disciplinas que, por sua vez, poderiam ajudar na compreensão e estudo de partes do comportamento que ocorrem no organismo, principalmente nos problemas do comportamento. Em outras palavras, o autor suporta a tese de que tal diálogo ajudaria muito no aprimoramento de ambas as disciplinas e que a separação entre elas é menos nítida do que vem se assumindo de ambos os lados.