B. F. Skinner e Simone de Beauvoir: “a mulher” à luz do modelo de seleção pelas consequências

Autores

  • Emanuelle Castaldelli Silva
  • Carolina Laurenti

DOI:

https://doi.org/10.18761/pac.2016.009

Resumo

Skinner e outros analistas do comportamento defenderam a possibilidade de os princípios da Análise do Comportamento serem usados para a construção de um mundo melhor. Porém, estudos têm sinalizado que esse potencial precisa ser mais bem explorado, sobretudo no contexto dos debates sobre temáticas de caráter social, como, por exemplo, o feminismo. Considerando essa crítica, este artigo tem o objetivo de discutir como a concepção antiessencialista e complexa de ser humano presente no modelo de seleção pelas consequências de B. F. Skinner é consistente com uma das principais teses do movimento feminista, a distinção entre sexo e gênero, que ganhou sistematização e projeção na obra de Simone de Beauvoir. Por meio do esclarecimento das noções de antiessencialismo e de multidimensionalidade do ser humano, são estabelecidos pontos de aproximação entre as proposições de Skinner acerca do comportamento humano e as de Beauvoir a respeito da condição feminina. Conclui-se que a visão de ser humano encorajada pelo modelo de seleção pelas consequências estabelece uma concepção pluralista de mulher, algo que é compatível com a tese de que não há uma essência feminina, e de que o lugar da mulher na sociedade é definido por práticas culturais e não pelo seu sexo biológico.

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Publicado

30-08-2017

Como Citar

Silva, E. C., & Laurenti, C. (2017). B. F. Skinner e Simone de Beauvoir: “a mulher” à luz do modelo de seleção pelas consequências. Perspectivas Em Análise Do Comportamento, 7(2), 197–211. https://doi.org/10.18761/pac.2016.009

Edição

Seção

Artigos