Conhecimento não é Informação: O Repertório Epistêmico na Perspectiva Behaviorista Radical
DOI:
https://doi.org/10.18761/AB70PF01Palavras-chave:
conhecimento, behaviorismo radical, representacionalismo, desinformação, epistemologia, povos origináriosResumo
Este artigo discute o conceito de conhecimento a partir da perspectiva behaviorista radical apresentada por B. F. Skinner no capítulo Knowing (O Conhecer) do livro About Behaviorism. Inicialmente, contrasto a concepção behaviorista radical de conhecimento com a concepção representacionalista-informacional, destacando dificuldades lógico-conceituais desta última. Em seguida, exploro a relação entre conhecimento e contingências complexas, propondo três características fundamentais de padrões de comportamento operante tipicamente reconhecidos como conhecimento: consistência do êxito no tempo, covariação com mudanças ambientais e atendimento a critérios em atividades compartilhadas. Argumento que essa perspectiva evita a lenda intelectualista, presente nas concepções representacionalistas. Por fim, aplico essa concepção behaviorista radical do conhecimento a dois contextos contemporâneos: a propagação da desinformação nas redes sociais e o reconhecimento do repertório epistêmico de povos originários e comunidades tradicionais. Em ambos os casos, argumento que a concepção de conhecimento como repertório comportamental selecionado por contingências complexas (e não como informação ou representação) permite uma compreensão mais acurada dos fenômenos em questão e sustenta o reconhecimento mais justo de sistemas epistêmicos diversos.
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